Transparência: qual é o limite?

Vestidos de festas, figurino de dança e roupa de trabalho, situações tão diferentes que exigem cuidado quando a idéia é adotar um look com transparências. Qual é o limite entre sensualidade e ousadia ou entre  delicadeza e vulgaridade?

Certamente o bom senso.

Para cada caso, um caso. Vamos por partes, usando exemplos ilustrados.

Primeira situação: Festa de Gala

Neste caso há muito espaço para explorar transparências. Mas o bom gosto muitas vezes é deixado de lado. Talvez numa tentativa de causar grande impacto, de atrair mais olhares que o anfitrião, de conquistar pretendentes ou simplesmente de exibir beleza e boa forma.

Grandes contrastes são sempre arriscados, tendem a dividir a silhueta e podem atrair olhares de espanto pela infelicidade da escolha, como no look de Kristen Stewart.

Kristen Stewart, no Baile do Metropolitan Museum de Nova York

Fonte: Site revista Manequim

É possível, ainda, que o resultado seja a sensação de nudez. Neste caso, não importa se o tule ou a renda cubram o corpo todo. A principal característica destes tecidos é a transparência, portanto o resultado será bastante ousado e se destacar certas zonas erógenas o vestido será considerado vulgar. Foi o caso de Halle Berry no Oscar de 2002.

 Halle Berry, Oscar 2002

 Fonte: Site revista Estilo

Será, então, impossível usar transparência de maneira elegante? Sandra Bullock provou que não ao escolher o look para o Oscar de 2010. Transparente na medida, sensual, mas elegante. O detalhe do vestido é de renda, da cintura para cima, inclusive sobre os seios. No entanto, os caminhos da renda totalmente transparente são pequenos e o efeito da renda sobre a pele e quando sobreposto ao tecido da saia é harmônico e suave. Não há grandes contrastes que evidenciem bico de seio ou umbigo. Escolha acertadíssima.

Sandra Bullock, Oscar 2010

Fonte: Site revista Estilo

 

Segunda situação: Figurino.

Em espetáculos de dança, peças de teatro ou musicais a situação é outra. Figurino não tem compromisso com decoro, faz parte do espetáculo. Assim, há muita liberdade de criação. Neste domingo, 30 de maio de 2010, durante a repescagem da dança dos famosos, no Domingão do Faustão, o figurino da Letícia Birkheuer chamou-me a atenção, e certamente de todas as outras pessoas. Muito bonito, extremamente ousado, com decote profundo nas costas e na frente e muito, mas muito, transparente. Ok, é para dança, mas caberia um forro estilo body, pois quando a câmera focalizava a modelo de perto a calcinha saltava aos olhos. Era cor de pele, própria para esse tipo de situação, mas chamava atenção. Ao final da dança, sobraram elogios para o look, principalmente por parte dos homens, é claro. Neste caso a transparência somada aos decotes chamou muito mais atenção para roupa, em especial para a região dos quadris, que para a dança propriamente dita.

Letícia Birkheuer, dança do famosos 30 de maio de 2010

Fonte: Domingão do Faustão

Terceira situação: Trabalho.

Não importa a quantidade, não existe transparência no look de trabalho! Neste caso não há negociação. Esqueçam rendas, transparências, aquele sutiã lindo que tem flores nas alcinhas e aparece com aquela blusa de seda. ESQUEÇA!

Seja sensual em bares, festas e no lazer. No trabalho é preciso passar a idéia de profissionalismo. Seja lembrada por sua capacidade técnica, jamais por seus atributos físicos.

 

Look de trabalho

Fonte: Site revista Cláudia